A Dominância caracteriza profissionais que assumem postura firme, tomam decisões rápidas e não se intimidam diante do risco. Em ambientes que exigem agilidade e foco estratégico, essa competência impulsiona resultados: quem demonstra dominância costuma cortar ruídos indecisos, priorizar ações e oferecer direção clara às equipes.  Quando bem canalizada, a dominância favorece a resolução de problemas complexos, acelera ciclos de decisão e eleva a capacidade de execução organizacional. Líderes dominantes conseguem traduzir incerteza em ação e alinhar recursos com objetivos claros — papel essencial em momentos de mudança e pressão. Entretanto, o equilíbrio é determinante. Excesso de dominância pode manifestar-se em impaciência, comunicação ríspida e menor abertura a opiniões contrárias, riscos que prejudicam a colaboração e a retenção de talentos. Por isso, desenvolver dominância com inteligência emocional é fundamental: a assertividade precisa andar junto com a escuta ativa, o respeito às perspectivas e a capacidade de modular a intensidade do comando conforme o contexto (Goleman, 1995). Na prática, recomenda-se trabalhar a dominância por meio de ações concretas: delegar com clareza, estabelecer critérios objetivos para decisões rápidas, solicitar feedback estruturado e praticar checkpoints que permitam revisar rumos sem perder velocidade. Processos bem definidos transformam a tendência à ação em vantagem sustentável — isto é, dirigir sem atropelar, decidir sem isolar. Promover ambientes onde a dominância é reconhecida e orientada por valores organizacionais garante que a firmeza gere confiança e não resistência. Treinamentos focados em tomada de decisão sob pressão, simulações de cenários e coaching comportamental ajudam a polir a competência para níveis de liderança eficazes e inclusivos (Kotter, 1990). Estamos quase concluindo nossa abordagem do dicionário de competências proposto pela metodologia Sólides Profile. Na próxima semana, abordaremos a Extroversão — a característica de quem é expansivo, comunicativo e facilita a socialização dentro dos times. Combinado?

Goleman, D. (1995). Emotional Intelligence. 

Kotter, J.P. (1990). A Force for Change: How Leadership Differs from Management.